20 de março de 2022

De 140Kg a 87 Kg. De 5 remédios por dia, até nenhum.

Transformação da mente que se reflete no corpo.

Depois de 30 anos no exército, o Coronel Jolival Antônio da Silva Junior estava em uma fase confortável, como ele mesmo define. Morador de Brasília – DF, cumpria função de gerenciamento, no auge dos 47 anos, pesando 140kg.

Como descobrir a motivação necessária para mudar? No caso de Jolival, ele conquistou mais saúde com 53kg a menos, mais equilíbrio, e a descoberta de um novo esporte. O treinador Marcos Hallack conta que Jolival tem disciplina de sobra. “Ele sabe o que quer. Além disso, tem uma característica bastante importante para o processo: ele é treinável, está aberto a escutar e executar o proposto, mesmo que as ideias pré concebidas possam apontar para outra direção. Quem tem a capacidade de fazer brotar de dentro para fora a transformação que ele fez em sua vida pode tudo!”.

NO CONFORTO, OS PROBLEMAS DE SAÚDE.

“Eu bebia bastante com os amigos. Tive problemas de saúde na minha passagem para a aposentadoria, pois os exames que são necessários realizar, revelaram que eu estava bem vulnerável. A expressão usada pela médica cardiologista foi ‘grupo de risco’. A única coisa que eu não fazia era fumar, mas o restante estava comprometido”. A situação profissional de Jolival estava tranquila mas a saúde estava dando sinais de complicação. “Eu estava sentindo vertigens, stress, ansiedade excessiva. A médica me orientou a fazer um pacote: endócrino, psicóloga e nutricionista”.

Em 2018, com o uso de remédios prescritos, Jolival perdeu 20kg. Na sequência, as novas recomendações médicas vieram para retirar os remédios e, como consequência, sentir muita fome.”Eu precisava compensar isso com atividades: nadar, correr, andar de bike. E com isso já foi acontecendo o direcionamento para o triathlon, sem que eu soubesse”. Jolival começou a se exercitar em 2019 com um personal em Brasília. “Foi o Fábio que me falou do triathlon, pois é um esporte que reúne as 3 práticas. Com a prática comprei uma bicicleta melhor, um tênis melhor e, ao praticar todas as modalidades sem compromisso, fui vendo que era muito legal”. Jolival conta que começou com curtas distancias e baixo impacto e, quando terminou o primeiro ano da prática, percebeu que conseguia equilibrar esporte e alimentação. “Mas eu queria mais. Porque com a prática de exercícios a gente começa a ter um novo ponto de vista sobre a natureza e as pessoas. Comecei a dar valor a lugares de Brasília que eu nem prestava atenção. Até na hora de escolher um imóvel eu queria com lugares próximos para fazer uma caminhada”.

“A OUSADIA” DE COMPETIR

“Eu tive a ousadia de me inscrever em uma prova, em 2020. Por conta da pandemia, era para ser realizada em março, e foi acontecer em junho. Fiz essa prova na categoria sprint e demorei 3 horas. Cheguei feliz. Essa prova tem muito significado pra mim, porque foi aí que eu conectei várias coisas em relação a stress, treinamento, carga, periodização dos treinamentos, foco na alimentação”.

TREINAMENTO À DISTÂNCIA

“Sempre fui muito conectado a planilhas e planejamentos, então pensei: vou achar um treinador. Comecei a assistir a vídeos legais em relação ao Training Peaks, alguns em inglês, e daqui a pouco aparece o Marcos Hallack falando. Quando eu fui pesquisar, estava ele dando instruções no ambiente militar do RJ. Liguei para meus amigos e ele foi super elogiado. Aquilo me interessou, fiz uma assinatura do Training Peaks, fui no site do SaudePerformance, e comprei o curso básico”.

“Como eu assisti a todos os vídeos, fiquei me achando o Doutor no assunto. Só que eu percebi que, com essa prática de autodidata, as coisas não estavam sendo feitas pra mim, de forma personalizada. Aí eu tive a ousadia de ligar para ele, e perguntar se ele poderia me orientar. O Marcos foi sensacional, me escutou, marcamos uma avaliação por video, e acertamos os objetivos”.

“Para mim existe um aspecto fantástico no triathlon. Não saber quem está do meu lado e eles não saberem quem eu sou. Isso significa que sou ‘eu eu eu’! Então conversei com o Marcos que o meu objetivo é curtir o esporte, sem me machucar, sem grandes metas, chegar num equilíbrio. Colocamos como meta uma prova de padrão standard no final de 2021 e eu cumpri com o Campeonato Brasileiro, em novembro. Eu segui a programação junto a meu treinador daqui de Brasília, que sempre abre a planilha da SaudePerformance junto comigo para realizar”.

TRANSFORMAÇÕES: DE 140KG ATÉ 87 KG. DE 5 REMÉDIOS POR DIA, ATÉ NENHUM.

“Para mim foi muito bom renovar o guarda roupa, pois eu tinha emagrecido. Meu tio que é alfaiate ajustou todas as minhas roupas. Minha próxima meta, para agosto, é fazer um meio iron. Estou com 87kg. Meus exames de saúde estão excelentes. Eu tomava 5 remédios diarios para pressão, colesterol e ansidade. Eu não tomo nenhum remédio atualmente. A carga estava semanalmente era 6, 7 horas, em 5 /6 dias. Agora são 13 horas, com treinos todos os dias”.

“Todo mundo que conheço fica surpreso, porque a transformação não foi só física. Eles dizem: ‘fez bariátrica?’, ‘o que aconteceu?’, ‘vc não tá exagerando?’, ‘você tá com aids?’. Ao mesmo tempo que ficam espantados, admiram. O ponto chave da transformação não foi só a estética. Ela é uma consequência do que você se coloca. A minha grande transformação foi na cabeça. Isso eu senti em relação aos meus filhos, esposa, minha família. Amor próprio, dar tempo para mim mesmo. Isso mexe com a nossa cabeça, porque eu decidi que eu tinha que cuidar de mim, da minha saúde”.

O TRIATHLON COM A SAÚDEPERFORMANCE

“Porque triathlon? Porque eu gostei da modalidade, eu me sinto bem fazendo a prova. Fui nadar no lago outro dia, a água tão boa, o dia tão lindo. Nesses momentos eu sinto que tem algo especial. Isso tem me feito um bem danado.

“Indiquei o Marcos para outros colegas, ele é um cara excepcional. Sempre tivemos conversas muito diretas. Várias vezes ele me diz que tá errado, ele não enrola. Ele se alinha com o teu objetivo, te entrega um treino par você alcançar o que você quer, não é receita de bolo, o treino é pra você”

PENSAMENTOS E REFLEXÕES

Gosto muito de duas frases:“Compreender a marcha e ir tocando em frente” do Almir Sater e “Sem dor, sem ganho”, a frase famosa dos americanos “No pain, no gain”. Não vou mentir: nesse processo todo de 2 anos, você sente fome, sofre privações, vontade de tomar uma cerveja. O rendimento físico no treinamento está condicionado a um peso mais baixo, o que é principalmente ligado a fechar a boca. Tem que treinar e vai doer. O negócio é compreender a marcha, ir tocando em frente, e só aí colher os ganhos.